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Vocais femininos: a mulher conquistando espaço

A mulher no rock pode representar várias coisas. Ela pode ser a fã que não mede esforços para estar do lado de seu ídolo, mesmo que tenha que usar de seu corpo para conquistar seu tão sonhado “lugar ao sol”. Pode ser a namorada querida e dedicada, que sempre está disponível para pegar umas cervejas e até limpar a velha bagunça feita pelo incompreendido namorado músico e seus amigos de farra. Às vezes é a mulher idealizada, que paira em algum canto da imaginação do homem, bela e misteriosa, ao mesmo tempo em que pode ser uma aventureira – sempre pronta para noites intensas de sexo, drogas e rock’n roll.

A mulher no rock pode ser mais que isso: ela pode ser aquela que impõe sua força e liderança em um palco, sendo um objeto não só de desejo por parte dos marmanjos ,que gritam pelo seu nome, mas também um ser admirado e inspirador para vários. E é para se admirar mesmo: em uma cena musical dominada por cabeludos e grandalhões, elas chegaram e conquistaram um bom público com o passar dos anos.

Contudo, ainda é comum existir certo preconceito com bandas que carregam em sua equipe musical uma mulher, principalmente quando elas ostentam postos majoritários. Apelidos maldosos são atribuídos a essas bandas, e um sentimento de aversão sempre existe. Há pessoas que ainda batem no peito e dizem: “Mulher não nasceu pra cantar rock!”.

Hey, qual o problema de uma mulher cantar rock?


Janis Joplin, Suzi Quadro e Patti Smith

Janis Joplin fez isso. Suzi Quatro e Patti Smith também. No cenário metal existem grandes representantes, como Liv Kristine, Tarja Turunen e Anneke Van Giersbergen, que desenvolveram trabalhos maravilhosos. Não há muita diferença entre elas: são/foram mulheres batalhadoras, fortes e talentosas, que derrubaram barreiras e fizeram seus trabalhos da melhor forma possível. Então, em que fator elas são piores do que os homens, seres dominantes e tão cheios de paradigmas com relação ao rock? É claro que elas não são inferiores, muito pelo contrário.

Liv Kristine (para quem não sabe Liv foi uma das responsáveis por difundir o estilo “Beauty and Beast”, onde vocais femininos líricos contrastam com vocais guturais masculinos, marca registrada em bandas de gothic metal e symphonic) deu uma entrevista à Revista Decibel, onde debatia sobre tudo que as vocalistas de metal passam.

Realmente, a maioria das pessoas que lidam com os integrantes do Leaves' Eyes, empresários e os jornalistas são quase todos homens e 99% deles tem um comportamento excelente. Pessoalmente, eu presenciei inúmeras grosserias e péssimo comportamento em meus 15 anos de metal sendo que três delas resultaram num processo judicial. No entanto, os membros da minha banda são sempre uns cavaleiros.”, diz Liv Kritine.

Apesar dos contratempos, a vocalista também afirma que as mulheres conquistaram seu espaço.

Mulheres no metal são especiais. Mulheres no metal ainda estão dominando a cena com relação aos homens. Por isso recebem uma atenção especial. Em 1994 quando o Theatre of Tragedy, minha antiga banda, foi formada, quando nossa popularidade começou a aumentar por volta de 1995, muitas pessoas achavam um absurdo em ter uma voz de soprano cantando em uma banda de doom-gothic metal. No entanto hoje em dia nós temos um grande número de mulheres cantando em bandas de metal como Tarja Turunen, Sandra Schleret do Elis, Cristina Scabbia do Lacuna Coil, Sharon den Adel do Within Temptation e obviamente Carmen Elise do Midnattsol .

Liv representou em seu depoimento não só a posição das cantoras de metal, mas também de todo o cenário rock. As dificuldades existem, mas essas mulheres conseguem driblar todos os contratempos e fazem música de altíssima qualidade. Isso já é motivo o suficiente para conquistar, no mínimo, o respeito dos fãs de rock/metal.

E se você for um desses homens machistas que não conseguem aceitar a idéia de uma mulher estar no comando de uma banda de rock (ou de qualquer estilo), eu só tenho uma dica: se atualize! Afinal, o modelo de mulher-Amélia não existe há muito tempo. Não há mais como negar a notoriedade delas em pleno século XXI. Reveja seus conceitos e adicione a função “vocalista de bandas de rock” a imensa lista de coisas que as mulheres fazem bem.

Fotos: Divulgação
Por Krica Dantas .
Fonte: Revista Decibel.

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Fadiga Nuclear

A banda montesclarense "Fadiga Nuclear" deu início as suas atividades em 2006. Inicialmente com outro nome, o projeto não passava de um meio de diversão para vários amigos, que se alternavam em cada música. Com o passar do tempo, o número de integrantes foi diminuindo, e o trabalho foi sendo levado mais a sério.

Atualmente a banda conta com a presença de João Duque (vocal e baixo), Gabriel Castro (bateria), Tauan Mendes (guitarra) e Diego Antunes (guitarra).

Insatisfeitos com o fato de tocarem apenas músicas covers, os rapazes decidiram por trilhar o caminho da produção autoral, tendo influência de bandas como Queens of the Stone Age, Lynyrd Skynyrd, Metallica, Megadeth, Spiritual Beggars, Pride & Glory, Oasis, Black Label Society, Rolling Stones, Eric Clapton, Alice in Chains, Stevie Ray Vaughan, Rush e Neil Young.

Nunca definindo o som que tocam, a banda acredita que essa é uma função da crítica e do público. "Características de alguns estilos estão mais presentes, como o Stoner e o Southern rock, mas sem rótulos" , dizem.

Em fase de gravação, os rapazes já disponibilizaram um vídeo clip da música "Procura", que está disponível logo abaixo, e pedem um reforço no Concurso Olha a Minha Banda [clique aqui para votar].



Foto e vídeo: Divulgação.
Por Ana Carolina .

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